quarta-feira, 25 de junho de 2008

caem livros

Continuando a partilha... O ano era o de 1997. Aos 22 anos, e poucos dias após a morte do meu pai, a minha revolta com o Mundo e, claro, com Deus, tornava-se maior que eu própria. Não entendia tanta coisa, como forma de acalmar a dor, o meu racional necessitava de entender o porquê da morte, para onde vão as pessoas quando morrem, e se me diziam que a missão dele tinha terminado eu perguntava como era possível com tantos sonhos por realizar... Andei anos nisto, a tentar saber o porquê!
Mas como dizia... poucos dias depois veio-me parar à mão, ou melhor, caiu-me diante dos olhos, o livro A Profecia Celestina, em inglês. Aliás, é um dado curioso mas verdadeiro. Nesta minha Caminhada todos os livros que "preciso" ler caem-me à frente, são-me oferecidos pelo Universo. Mas este é um tema do qual falarei mais adiante.
Como sempre foi meu hábito abri o livro na última página e li... todas as palavras ali depositadas tiveram um impacto em mim inacreditável. Li e reli de ponta a ponta tirei apontamentos deliciei-me. No final, e pela primeira vez em muitos meses, tranquilizei-me, mesmo sem perceber como e porquê. Também não queria saber, gostei da sensação de harmonia. Foi assim que pela primeira vez ouvi falar em Energia. A palavra não me era desconhecida mas sim algo que habitava em mim mas por alguma razão havia sido bloqueado, fechado a sete chaves, esquecido. Comecei a olhar para tudo de forma diferente, a entender as "trocas" e os "ataques" as abordagens e distanciamentos intuitivamente.
Umas semanas mais tarde, conversando com uma amiga sobre o livro, ela abre a mala e dá-me O Alquimista. Sem resistências li e reli e a sensação de harmonia continuou. Mas o Verão estava a terminar e aproximava-se o regresso ao mundo, à sociedade. Era como se nos quase três meses de férias eu tivesse saído deste planeta, sendo que a única preocupação não era comigo mas sim com a minha mãe e irmã. Eu... não era importante.
E assim foi, voltei às aulas na faculdade. O turbilhão de sentimentos e dúvidas e revolta regressaram e com eles fechei-me novamente.
Namasté

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ponto de partida

Tudo começou aos 10 anos com a percepção de que algo de diferente se passava comigo. Bem, na verdade tudo começou quando nasci, claro. Sempre fui uma criança alegre, cheia de energia mas revoltada, nem sei bem com o quê. Lembro de me sentir desencaixada de tudo, dos miúdos da minha idade, do ambiente que me rodeava, da escola, de tudo...
Mas voltando ao ponto de partida. Aos 10 anos comecei a sentir presenças no meu quarto, sempre que estava às escuras, à noite. Não me recordo se as presenças eram boas ou más, nunca analisei isso. Via vultos, sentia presenças, ouvia vozes. Nunca me fizeram mal. Quando adormecia acordava molhada em suor e a tremer de medo. Lembro-me sim do medo que sentia e de fugir para a cama dos mais pais. Ao início acolhiam-me calmamente, alegando que devia ter visto alguma cena mais violenta na televisão e por isso os pesadelos. Com o passar dos anos, claro, dava muito mau aspecto uma rapariga do meu tamanho ir para a cama dos pais, começaram os raspanetes. Aos 18 anos fechei-me e tudo desapareceu.
O Universo deu-me quatro anos de "repouso" para eu pensar e aceitar a minha condição. Não o fiz.... e foi ai que a Caminhada começou...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

De coração aberto...

Aqui estou, de coração aberto, pronta para mais uma caminhada, desta vez uma caminhada feita de palavras e contos, de histórias, sonhos e ilusões. Tudo tem valido a pena, mesmo que só anos mais tarde, muito mais tarde, tenha percebido as verdadeiras lições de cada avanço, cada tropeção, cada obstáculo e ajuda.
Namasté